16-08-2007
Em bons lençóis
Hoje me encontro
em bons lençóis.
Já não durmo a insônia
dos que sonham sós.
Não seco a dor na fronha,
não me reviro no virol.
Não mais acorrentada
aos pés da cama,
atrás da porta,
sofrendo Elis
Regina
e tanto quanto se imagina
quando se pensa morta.
Não mais
sepultando-me no quarto,
com todas as luzes apagadas,
e caixas caixas caixas caixas
forjando presentes que eu me daria.
Eu ali, cápsula,
alegria capciosa
nas caixinhas cor de ro...
Hoje, só rosas
e o cheiro fresco
das laranjeiras
nas roupas novas.
E joaninha,
que entre dois
se aninha.
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