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26-05-2006

4 X 4


Epígrafe:
“Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores....”

Já esgotei meu estoque de bunda no chão.
Não fico de quatro,
só de gatão.
Serei 1 de 4,
porque melhor são:
três pássaros na mão
e um voando...
para fazer verão.

Como de hábito,
vou para o quarto,
para o diabo a quatro,
mas não me peça,
não faço
o triste teste do quatro na hora do ato
falho
ou aquela do ninho dos quatro mafagafos
ou dos quatro tigres tristes que comem
trigo
no mesmo prato
de macarrão.

Refrão:

Outras menores que eu
já viveram história
bem mais feliz.
E eu, por que diabos não?
O que diabos fiz
pra merecer sempre um soco
no coco do coração
e no nó do nariz?
E nem falo de estatura moral
ou de não ser a tal –
só me kiss quem me quis
e quis mal.

E assim sou assim:
um quatro à esquerda,
uma foto quadrada,
quatro por quatro,
por cima da mesa
ou gemendo debaixo
do criado -
mudo, emburrado, mimado -
pela Glória de viver
de galho em galho.

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