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11-05-2015

Tributo a Yêda Schmaltz

yêda.jpg

Poeta goiana de voz sensível que partiu há 12 anos no mês de maio.

 

Anima

 

Os homens não me entenderam

me quiseram freira ou prostituta

me estereotiparam

nunca me aceitaram 

no que sou de santa e puta. 

 

Só fizeram mesmo foi trair

os homens que não entenderam o amor

que abre o coração

junto com as pernas. 

 

Escrevo com o meu corpo

sobre este veneno de cobra

que os homens me impuseram. 

Pois os amei, os homens

que me sujaram

e me aborreceram

com suas gravatas, 

e suas bravatas. 

Igual a meu pai, que me batia

com o cinturão de soldado, 

e me fez civil 

pra sempre. 

 

Yêda Schmaltz (1941-2003)

 

Para ouvir o poema, clique aqui: 
podcast

Comentários

Maravilhosa lembrança! Lembro como ontem do livro Bacos e Anas Brasileiras.

Escrito por: Dairan da Silva Lima | 04-06-2015

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