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28-08-2011

Caça

caça.jpg

Eu  nunca serei uma caça morta.

Infeliz do caçador que descansar a arma.

Verá seu rosto refletido numa poça

de sangue, decepção e mágoa.

 

Eu terei me esquivado do primeiro golpe.

Eu terei fugido como uma corsa foge.

A bala terá vazado a minha carne flácida

e ficado encravada nos meus ossos fortes.

 

Quando achar que me encontra

repousada nos seus braços,

verá que sou a sombra

que se dissipa ao longe.

Quando achar que me exibe

como um troféu de esporte,

 

na parede urso,

tigre,

gata,

alce,

nada encontrará além de um rombo.

 

Da série "Escritos para uso pessoal e doméstico", 2005.

Comentários

q rombo é esse menina?

Escrito por: gluten | 07-09-2011

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